RETRATO DE UMA LUANDA INVISÍVEL EM OS TRANSPARENTES, DE ONDJAKI

Resumo

Em Os transparentes (2012), o escritor angolano Ondjaki apresenta a cidade de Luanda como, mais que uma indicação geográfica, uma construção simbólica capaz de refletir e problematizar a história recente de seu país. Paisagem contemporânea, marcada por profundas cicatrizes, a capital angolana é descrita em suas relações desiguais de ocupação do espaço urbano e de visibilidade social. Nessa paisagem irregular, onde a exceção se estabelece como regra, o apagamento do sujeito, sua progressiva invisibilidade, é a representação textual de um lugar onde o humano perde espaço para os valores materiais em uma sociedade cada vez mais objetivada. Pretende-se, portanto, no presente trabalho, analisar como o espaço narrativo recupera o processo histórico-cultural vivenciado pelos angolanos, constituindo, assim, uma linha de fuga em um horizonte de violência e caos.

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Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura. Profa. de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Depto. de Letras Clássicas e Vernáculas - GLC. Instituto de Letras - IL - Universidade Federal Fluminense/UFF.

Publicado
2017-12-19
Como Citar
DA SILVA, Renata Flávia. RETRATO DE UMA LUANDA INVISÍVEL EM OS TRANSPARENTES, DE ONDJAKI. LexCult: revista eletrônica de direito e humanidades, [S.l.], v. 1, n. 1, p. 164-174, dez. 2017. ISSN 2594-8261. Disponível em: <http://revistaauditorium.jfrj.jus.br/index.php/LexCult/article/view/13>. Acesso em: 22 nov. 2024. doi: https://doi.org/10.30749/2594-8261.v1n1p164-174.