ECOS DO MOVIMENTO DA NEGRITUDE NAS LITERATURAS AFRICANAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

  • Vanessa Ribeiro Teixeira Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

Os anos 30 do século XX são marcados pelo surgimento do movimento da Negritude, articulado por estudantes negros, dentro e fora da África, que propunham repensar o lugar e o valor da cultura negra no mundo, através de uma escrita pontualmente crítica de cariz social, filosófico e político. Responsáveis pela publicação das Revistas Légitime Défense (1932), L’Étudiant Noir (1934) e Présence Africaine (1947-1968), esses pensadores “intencionam unir-se pela afirmação da cultura negra, para a conscientização do negro sobre sua própria condição” (SANTILLI, 1985, p. 174). Entre os diversos estudiosos das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, é importante considerar o impacto das novas formas de olhar para o devir histórico e a significação cultural da população negra, na África e na diáspora, que culminaram no Movimento da Negritude francófona e suas releituras, sobre a construção de uma literatura autenticamente africana nas colônias portuguesas. A poesia, sobretudo, a partir do final dos anos 40 do século XX, reclama a possibilidade de trazer para o seu centro tanto o drama do homem negro colonizado quanto a valorização de sua cultura.

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Professora Adjunta do Setor de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Publicado
2017-12-19
Como Citar
TEIXEIRA, Vanessa Ribeiro. ECOS DO MOVIMENTO DA NEGRITUDE NAS LITERATURAS AFRICANAS DE LÍNGUA PORTUGUESA. LexCult: revista eletrônica de direito e humanidades, [S.l.], v. 1, n. 1, p. 153-163, dez. 2017. ISSN 2594-8261. Disponível em: <http://revistaauditorium.jfrj.jus.br/index.php/LexCult/article/view/14>. Acesso em: 22 nov. 2024. doi: https://doi.org/10.30749/2594-8261.v1n1p153-163.