APRISIONAMENTO PSÍQUICO NAS ORGANIZAÇÕES: DO MITO À REALIDADE

  • Maria Claudete Silva
  • Laura Silva Campos Lessa

Resumo

Esse artigo busca explicitar um modelo de defesa que trabalhadores utilizam para permanecerem por muitos anos em uma organização partindo da categoria do mito Golem Laborio, proposto por Thiry-Cherques (2004).  Esse modelo representa uma forma de adesão total dos trabalhadores ao sistema, onde vida e sistema  se confundem. Buscou-se uma abordagem qualitativa, a partir de estudo de casos múltiplos com oito profissionais em cargo de gestão que trabalham no contexto pesquisado há mais de 15 anos.  Os dados foram coletados com entrevistas semiestruturadas, técnicas projetivas e observação direta, o que tornou possível a identificação e classificação dos casos estudados de acordo com o modelo proposto. Os resultados evidenciaram que o trabalho tem uma importância vital na vida das pessoas, que elas não são livres e ficam aprisionadas psiquicamente dentro das próprias armadilhas que criam para se manterem nas suas atividades laborais, pois ficar sem emprego é perder o sentido da vida. Como forma de garantir a subsistência material e sobreviver às pressões impostas no dia a dia, as pessoas acabam desenvolvendo, de forma inconsciente, modelos de defesa.

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Publicado
2017-12-19
Como Citar
SILVA, Maria Claudete; LESSA, Laura Silva Campos. APRISIONAMENTO PSÍQUICO NAS ORGANIZAÇÕES: DO MITO À REALIDADE. LexCult: revista eletrônica de direito e humanidades, [S.l.], v. 1, n. 1, p. 72-92, dez. 2017. ISSN 2594-8261. Disponível em: <http://revistaauditorium.jfrj.jus.br/index.php/LexCult/article/view/4>. Acesso em: 22 nov. 2024. doi: https://doi.org/10.30749/2594-8261.v1n1p72-92.