DIÁLOGOS ENTRE A COMUNIDADE QUILOMBOLA E A ESCOLA

Resumo

A insurgência do movimento negro trouxe à pauta questões referentes ao direito à cultura, ao território e por consequência  à educação. Conquistas como a lei 10.639, a demarcação de terras quilombolas e as Diretrizes Nacionais da Educação quilombola estabelecem parâmetros legais para a implementação de uma educação que possa visibilizar e escutar outras histórias. Mas em uma sociedade racista não basta estar na lei, é preciso uma construção cotidiana coletiva entre comunidade e escola para a construção de proposta educativa em que a escola possa se tornar efetivamente um espaço de estudo, pesquisa, para discussão da cultura afro-brasileira, africana, indigena e quilombola, enfim uma Escola pública, diversa, plural, democrática, coletiva para um campo com “gentes”!

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Biografia do Autor

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É quilombola, pertencente ao território da Comunidade Quilomnola de Palmas - Bagé/RS. Graduanda do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) na área de Ciências da Natureza. Coordenou o 1º Acampamento da Juventude Quilombola (2017), que devido a demanda se tornou o atual - Projeto de Extensão - Encontro Internacional dos Povos do Campo, que visa promover a integração dos povos do campo e a universidade pública, em especial a UNIPAMPA, dar visibilidade às culturas camponesa, indígena e quilombola, fomentar a troca de saberes e experiências entre as diferentes culturas, criar um espaço diferenciado de aprendizagem aos estudantes de todos os níveis, aproximar e fazer existir os povos do campo na universidade, da qual é membro da equipe executora. Participa do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (NEABI) Antônio Sapateiro, da UNIPAMPA, Campus Dom Pedrito. Tem interesse em aprimorar os conhecimentos sobre comunidades tradicionais, especialmente quilombolas, vinculando o saber científico com o popular para a promoção da formação humana.Técnica em Agroindústria pelo IFSul. (2015)

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Guilherme Gonzaga é Pedagogo, Mestre e Doutor em Educação formado pela Universidade Federal Fluminense e pela Universidade de Coimbra em Portugal. Tem uma caminhada na educação popular onde está aprendendo com o povo a semear lutas e colher sonhos na construção de uma educação sem cercas, sem muros, que tenha a ver com a vida da gente. Na Universidade Federal do Pampa, trabalha no Campus de Dom Pedrito, no Curso de Educação do Campo e junto com companheiras e companheiros cultiva o sonho e a luta de que a universidade se transforme em uma pluriversidade ouvindo, acolhendo e re-conhecendo a diversidade de conhecimentos cultivado pelos povos do campo, das águas e das florestas e dos povos originários.

Link para acessar Orcid: https://orcid.org/0000-0002-3751-8108

*Observação, estava dando erro ao colocar o link no campo  

 

Publicado
2022-01-28
Como Citar
DE ALVES, Fabiani Franco; FRANCO GONZAGA, Jose Guilherme. DIÁLOGOS ENTRE A COMUNIDADE QUILOMBOLA E A ESCOLA. LexCult: revista eletrônica de direito e humanidades, [S.l.], v. 6, n. 1, p. 241-250, jan. 2022. ISSN 2594-8261. Disponível em: <http://revistaauditorium.jfrj.jus.br/index.php/LexCult/article/view/583>. Acesso em: 22 nov. 2024. doi: https://doi.org/10.30749/2594-8261.v6n1p241-250.
Seção
Dossiê Educação no Brasil: esperança, drama ou farsa?