“COMO DIZER NÓS SENÃO COMO UM ‘SE’, IGUAL A TODOS E A NINGUÉM”

REPENSANDO A SOCIEDADE CIVIL À LUZ DO CONCEITO DE COMUNIDADE

Resumo

O presente artigo busca realizar uma investigação teórica da forma pela qual a pós-modernização da economia global, nas últimas décadas do século XX, produziu profundos impactos sobre as formas de organização sócio-política das comunidades humanas, provocando,mesmo,abalos algo sísmicos na forma estatal tal qual a conhecemos. Pensar nossa existência coletiva em termos de manifestações de conjunto ordenadas para o bem comum, penetradas por manifestações de um poder político, requer de nós hoje, portanto, um esforço de correção do entendimento. É necessário que recoloquemos as questões acerca da sociedade e do Estado num cenário em que um novo concerto de forças globais impõe que o econômico, o político e o social se sobreponham e se completem um ao outro na produção de riqueza. Reconhecendo que uma tal reflexão poderia abrir infinitas frentes de análise e problematização, propomos, para fins deste artigo, algo mais modesto - é nosso objetivo, a partir da leitura de autores que de algum modo afirmam a natureza relacional e dinâmica do sujeito coletivo, resgatar uma forma da nossa existência comum que recupere seu sentido originário de “comunidade” o que, segundo cremos, permite a realização da potência humana de forma plena, para além das regulações econômicas e de natureza política.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

Não há dados estatísticos.

Referências

DELEUZE, Gilles. Espinosa: filosofia prática. São Paulo: Escuta, 2002.

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 1974.

ESPOSITO, Roberto. Bíos: biopolítica e filosofia. Lisboa: Edições 70, 2004.

ESPOSITO, Roberto. Communitas: origen y destino de la comunidad. Buenos Aires: Amorrortu, 2003.

FOUCAULT, Michel. Ensayos sobre biopolítica: excesos de vida. Buenos Aires: Paidós, 2009.

NANCY, Jean-Luc. Conloquium. In: ESPOSITO, Roberto. Communitas: origen y destino de la comunidad. Buenos Aires: Amorrortu, 2003. p. 9-19.

NEGRI, Antonio. Trabalho de Dionísio: para a crítica ao estado pós-moderno. Juiz de Fora: Editora UFJF; Rio de Janeiro: Pazulin, 2004.

SÁ, Alexandre Franco de. Prefácio. In: ESPOSITO, Roberto. Bíos: biopolítica e filosofia. Lisboa: Edições 70, 2004. p. 7-13.

SPINOZA, Baruchde. Ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
Publicado
2020-04-08
Como Citar
MONTEIRO, Mariana Lourenço. “COMO DIZER NÓS SENÃO COMO UM ‘SE’, IGUAL A TODOS E A NINGUÉM”. Revista da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, [S.l.], v. 23, n. 47, p. 229-248, abr. 2020. ISSN 2177-8337. Disponível em: <http://revistaauditorium.jfrj.jus.br/index.php/revistasjrj/article/view/325>. Acesso em: 29 mar. 2024. doi: https://doi.org/10.30749/2177-8337.v23n47p229-248.